Arquitecto Luis Candeias | Estúdio de Arquitectura
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Localizado no Núcleo histórico de Paço de Arcos, trata-se de um imóvel singular que forma conjunto com o Palácio dos Arcos, onde se encontra em funcionamento uma unidade hoteleira. Presume-se que a sua construção seja contemporânea à do palácio, no final do séc. XVI, dadas as características comuns e sistema construtivo. Apesar de independente, o edifício encontra-se virado para o pátio partilhado com a unidade hoteleira. Estando-se na presença de um único edifício, pela leitura exterior, na realidade, interiormente o mesmo é constituído por duas partes independentes, sem comunicação entre si. A edificação é composta por rés do chão, com galeria intermédia e primeiro andar. Existe ainda um pequeno acesso ao sótão a partir de uma sala no piso superior.

Dado o estado de conservação das duas partes do edifício a intervencionar, há a necessidade de abordagens distintas. Enquanto que um lado se encontra num estado razoável, necessitando trabalhos de conservação e pequenos pormenores de transformação interior, o outro lado encontra-se em mau estado, apresentando ruína parcial, sendo este o lado onde ocorrem as maiores alterações. Existe ainda a presença de dois tipos de cobertura diferente, sendo uma bastante antiga, em canudo e outra mais recente, em telha de marselha.

Em termos de utilização, a ocupação de um lado era realizada por duas habitações, sendo uma no rés-do-chão e a outra no primeiro andar. No outro lado, existia ao nível do rés- do-chão, um comércio com habitação respectiva, ao nível do primeiro andar.
Dada a situação encontrada, propõe-se uma reabilitação total do edifício, tendo como objectivo a criação de várias fracções com destino ao aluguer de longa ou curta duração. O lado em melhor estado é convertido em dois fogs habitacionais, de acesso independente a partir do exterior, sendo o rés-do-chão a partir do largo das Alcáçovas e o primeiro através do pátio comum ao hotel. Ambos são organizados com uma lógica de kitchenette.

No lado em pior estado, propõe-se a total remoção do interior. São criadas 3 habitações independentes, situando-se no piso térreo, primeiro e sótão. Para que a existência da última seja possível propõe-se o reposicionamento das lajes dos pisos e a utilização do desvão do telhado, através de uma ligeira ampliação da altura da cumeeira, dado que a mesma se encontra actualmente num nível mais baixo que a do telhado original da outra parte do edifício. Para o acesso é criada uma escada comum que serve todos os pisos, no eixo vertical. A tipologia escolhida é o T1 com kitchenette, estando todas equipadas com equipamentos eléctricos. De modo a garantir a boa habitabilidade do fogo no sótão, são propostas duas trapeiras voltadas para a fachada principal.

 

 

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