Este edifício de construção pós-terramoto, com uma composição próxima da arquitectura pombalina, encontrava-se integralmente degradado. A ausência de conservação regular e o desgaste da sua utilização levaram ao desgaste das infraestruturas interiores, como as caixilharias de madeira dos vãos interiores, enquanto a perda das características de impermeabilização da cobertura causou a degradação da escada e dos pisos superiores.
O edifício apresenta um conjunto de elementos e características construtivas, próprias da sua época, que constituem um património que o projecto teve sempre em vista preservar: como os seus eixos verticais de simetria, vãos de sacada com grade trabalhada em ferro e revestimento de fachada a azulejo.
Está organizado em R/C, 1º e 2º andares e sótão. No piso térreo encontra-se um estabelecimento de restauração que não integrou este projecto. Os pisos superiores estão divididos em habitações com uma unidade por piso, compostas por sala, dois compartimentos (quartos), uma instalação sanitária e uma cozinha. O sótão foi remodelado de forma a dar lugar a uma habitação de tipo T0.
A obra envolveu a remoção de todos os revestimentos que se encontravam degradados (mosaicos, azulejos, estuques e soalhos) e a sua substituição por materiais idênticos e compatíveis. Toda a carpintaria interior foi reparada e pintada, tendo-se mantido, dentro dos possíveis, as ferragens existentes.
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