O edifício, designado na data da sua construção como hospital D. Amélia, foi mandado construir em 1955, havendo registo da conclusão da execução das fundações de 2 de Janeiro de 1956, e data da conclusão da obra em de Agosto de 1965. Construído para instalação do Hospital Sub-Regional de Moncorvo, foi parcialmente financiado por comparticipação estatal. Por despacho do Ministro da Saúde e Assistência foi mandado integrar, com todos os seus bens e valores, na Santa Casa da Misericórdia de Moncorvo.
No ano de 1981 foi celebrado o contrato de arrendamento entre a Santa Casa da Misericórdia de Moncorvo, proprietária do imóvel, e a Administração Regional de Saúde. Apesar de o contrato datar de 1981, o Hospital de Moncorvo que foi aí instalado funcionou desde a data da sua construção.
Em 2005, dada a redução substancial da população, o antigo hospital encontrava-se obsoleto. Para além disso, o contracto entre a SCM e a Administração Regional de Saúde tinha caducado, e esta tinha procedido à construção de um novo edifício para instalação e funcionamento de um novo Centro de Saúde, abandonando o antigo hospital.
Atendendo à dimensão do edifício e às necessidades da vila na prestação especializada de cuidados de saúde, a Direcção da Santa Casa da Misericórdia de Moncorvo optou pela reconversão do velho edifício do hospital para a instalação de uma Unidade de Cuidados Continuados, dada a carência destes serviços na região. Esta viria a complementar os meios disponibilizados pelo Serviço Nacional de Saúde.
Era uma preocupação da instituição criar condições que contribuissem para a melhoria do bem-estar da população com prioridade para as pessoas que, pelas suas características físicas ou situação social, se encontrassem especialmente vulneráveis. Assim, as alterações ao edifício foram projectadas para nele funcionar uma unidade especializada de prestação de Cuidados de Saúde, em situação de doença de duração prolongada e com dependências físicas e funcionais marcantes.
O funcionamento e organização deste equipamento, com características equivalentes a uma unidade hospitalar, resultou das determinações do programa funcional, previamente elaborado para esse efeito. Foram necessárias alterações fundamentais, dado que o novo propósito funcional não era compatível com a função anteriormente instalada.
Mantendo-se o carácter de unidade hospitalar, procurou-se com o projecto criar espaços que paralelamente proporcionassem um ambiente de convívio e de participação gerador de bem-estar aos seus utentes.
Ao nível da imagem exterior, o princípio de intervenção é semelhante, tendo-se procurado manter a sua imagem inicial, intervindo fundamentalmente ao nível do desenho das caixilharias. Excepção feita às duas construções anexas ao edifício principal – capela e edifício de apoio – aos quais foi conferido um desenho contemporâneo identificador da intervenção.
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