Este conjunto de habitação encontra-se na zona especial de protecção da Capela de Santo Amaro, Palácio Burnay, Salão Pompeia, Casa Nobre de Lázaro Leitão Aranha e Palácio da Ega.
O acesso à Vila faz-se através de um corredor, com entrada pelo nº 62 da Rua D. João de Castro, apresentando um extenso pátio interior, em torno do qual de desenvolvem os edifícios existentes, em duas “bandas” paralelas.
A Vila apresentava-se incompleta, com uma aparência desequilibrada, de acordo com uma leitura lógica de ocupação de espaço, desconhecendo-se a razão pela qual o quarto edifício não terá sido construído. De um lado encontram-se os edifícios com apenas um piso – os que confinam com os edifícios voltados para a Rua - e ao outro, um edifício com dois pisos. Os três edifícios apresentam um desenvolvimento longitudinal, com uma fachada para o pátio e uma fachada corrida voltada para estreitos saguões em toda a extensão da construção, localizados a tardoz.
A intervenção destinou-se a conferir melhores condições de habitabilidade aos fogos, garantindo a sua necessária actualização funcional, necessária na época actual. Para além disso, pretendeu restituir a sua imagem original, apesar de adaptada às necessidades.
A obra consistiu na ampliação em mais um piso nos edifícios térreos e a construção de um novo edifício, com dois pisos e características idênticas ao já existente. Este projecto contribuiu para a completa definição do espaço da Vila e do seu conjunto edificado, a par da valorização e requalificação do espaço correspondente ao pátio exterior.
Para a manutenção das características dos edifícios térreos, que foram ampliados, foi criada uma escada exterior, sendo os acessos às habitações do piso superior realizados através de uma galeria em toda a extensão da fachada.
Do ponto de vista volumétrico foram mantidas as coberturas de duas águas nos edifícios pré-existentes. O novo edifício e os correspondentes às instalações sanitárias foram construídos com cobertura plana, com acabamento em seixo do rio.
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